domingo, 26 de dezembro de 2010

VIR A SER


"Eu procuro por mim.
Eu procuro por tudo o que é meu
e que em mim se esconde.
Eu procuro por um saber
que ainda não sei,

mas que de alguma forma já sabe em mim.
Eu sou assim...
processo constante de vir a ser.
O que sou e ainda serei
são verbos que se conjugam
sob áurea de um mistério fascinante.
Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.
Movimento que não termina
porque terminar é o mesmo que deixar de ser.
Eu sou o que sou na medida em que me permito ser.
E quando não sou é porque o ser eu não soube escolher."

Pe. Fábio de Melo; "Quem me roubou de mim e o sequestro da subjetividade"

Escolhi  para iniciar minhas postagens esse trecho retirado do livro do Padre Fábio de Melo, que nos remete a uma reflexão sobre o nosso processo de vir a ser...
O que mais me atrai nesse tipo de leitura é o poder da reflexão voltado a nós mesmos, o que nos remete ao autoconhecimento, tenho percebido a importancia do nosso olhar para dentro de nós e ao que realmente somos. Comecei a me livrar de tudo que a sociedade nos impoe, pois foi por ela que perdi muito tempo olhando ao redor e esqueci de mim, os costumes, pensamentos, preconceitos, comportamentos que nos ensinam ser pessoas irreais e mecanicas
Tudo isso fez com que o mundo em que vivemos me roubasse de mim....por algum tempo!
Não quero mais pensar os mesmos conceitos impostos por todos, não quero mais me comportar da forma que mais agrada a sociedade, eu quero ser eu....quero mostrar todos os meus defeitos, todos os meus erros, meus medos, minha limitações, e não me importa se a sociedade apontar os dedos porque não terei tempo para reparar, pois no momento estou muito ocupada sendo feliz e vivendo sem me incomodar com a opinião alheia e sem a preocupação de fazer certo ou errado...apenas fezendo, tentando e vivendo!

Vir a ser pra mim é...ouvir a voz lá no fundo do seu coração e fazer o que tem que ser feito.




" O que os outros pensam, sobre você é problema deles, isso não vai interferir na sua vida, a não ser que você permita"


 Por Shenia Souza